Se os seres humanos pudessem escolher o lugar onde nascer, a cor de sua pele e o seu poder de compra, certamente escolheriam.
A questão é saber se de fato suas escolhas compensariam ou se isso bastaria para ser mais ou menos feliz.
Provavelmente, todo dia se teria algo para acrescentar aqui, modificar ali, endireitar acolá.
A quem fosse dado esse poder viveria atormentado.
Incansavelmente mudando sua condição. O mundo seria habitado de modo tão adverso que não ficaria uma cidade em pé. Isso porque a vida seria demasiado instável e nada ficaria em um só lugar pela insatisfação descontrolada de cada um de nós.
Imaginemos a correria movediça para conquistar a perfeição sem saber onde ela mora? Não por acaso foi negado esse poder aos humanos. A porção de cada um é o que deve bastar para fazer de sua vida um roteiro de bem viver. Talvez para compensar, o Criador da vida nos concedeu as fases de criança, adolescente, jovem, adulto e idoso. Assim não importa sua origem, cor ou credo religioso. Cada fase da vida tem sua beleza e seu tempo determinado. Com elas deve se fazer ingredientes para construir a história de cada um nesse imenso universo chamado mundo. Assim foi o que fez a personagem da história que passamos a contar para o leitor: aproveitando as fases que a vida lhe concedeu.