Sua obra é composta pela análise de discurso que introduz o conceito de ideologia nos processos discursivos, o que leva o autor a sugerir que a dependência química é uma ideologia científica instituída pelo discurso médico. Diante dos fracassos nas políticas públicas que tratam a questão das drogas na sociedade contemporânea, o autor, com experiência na área de educação e em clínicas de dependência química, sugere uma desconstrução dos discursos dominantes das drogas, médico-jurídico, que interpelam os indivíduos em sujeitos ideológicos, identificando o sujeito como doente ou criminoso.
A sua obra indica, de forma consistente, um novo caminho para se pensar o fenômeno das drogas na sociedade, visando não ao comportamento, mas a construção de um saber.