Numa trama leve e bem cuidada, o autor nos apresenta uma narrativa recheada de diálogos os quais deixam escapar algumas das mais nobres virtudes humanas. Num desenrolar de episódios curiosos, mas cotidianos de uma época, o autor chega mais perto do coração da gente, trazendo personagens coloridas ao mesmo tempo que discretas. Atira-se à arte de escrever ora tímido, ora ousado: escreve com lisura e limpidez, numa linguagem concisa, mas exageradamente simples. Dessa maneira nos apresenta o rio, a estrada, a fazenda, os pés de laranja, os pés de caju, o nascer e o pôr do sol, o time do coração…(dele e de algumas personagens), duas famílias de interior, ambas de fazendeiros, que tecem seu dia a dia em torno de vivências e valores a maior parte deles relativos ao amor, respeito, obediência, fidelidade, em contraponto, às vezes, com interesses e imposições.
Profa. Abia Dias